Resolvi
fazer ilustrações especialmente pra esse post. Primeiro porque percebi que
nunca tinha feito desenhos de ANO NOVO – em geral, é uma época em que estou
ocupada com parentes e coisas pra fazer – Segundo, porque estou feliz que 2015 esteja
no fim. Digamos que não foi um dos
melhores anos da minha vida! Não morri, nem sofri nenhum tipo de acidente
grave, mas se comparar esse ano a outros da minha vida (e não a vida de outras
pessoas, que muitas vezes sofrem bem mais do que eu) não posso dizer que esse
tenha sido um MARAVILHOSO ano.
Passei por momentos bem difíceis desde o início,
mas segundo a minha tia é o que acontece quando a gente cresce. Afinal, ninguém
sobrecarrega uma criança com diversas responsabilidades (e nem alguns adultos quando
estes se mostram muito irresponsáveis)... Saudades do tempo que minha maior
preocupação era qual brinquedo iria
levar na escola na sexta-feira...
Na medida em que o fim do ano se aproxima, as
pessoas e os programas de TV realizam as RETROSPECTIVAS 2015. Pensando
rapidamente no meu ano... Melhor deixar pra lá.
O importante é que ainda estou
de pé, mais ou menos firme, mais ou menos forte, nem tão pronta assim pra outra
- hahaha.
Mas acho bacana fazermos uma avaliação de como foi o ano, o que deu
errado e quais foram as nossas responsabilidades acerca disso.
Muitas
vezes acontecem coisas em nossas vidas sobre as quais não temos controle, não
podemos decidir ou escolher, momentos que não há nada a ser feito (aí você
senta e chora!). As vezes encontrar o lado
bom das coisas não é tão fácil, mas precisamos ter esperança, pois é ela que
nos move. É acreditar que amanhã vai ser melhor que hoje, que no ano que vem as
coisas vão dar mais certo. É o que desejamos cada vez que o ano termina e
começa outra vez...
Toda essa reflexão me
fez lembrar de um poema de Carlos Drummond de Andrade, que considero
simplesmente genial:
Cortar
o Tempo
Quem
teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um
indivíduo genial.
Industrializou
a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze
meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí
entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra
vontade de acreditar que daqui pra adiante vai ser diferente.
Todo
esse mimimi de como meu ano foi ruim era só pra tentar dizer que as vezes a vida
não se apresenta muito doce e nem colorida, mas é preciso acreditar que as coisas
vão mudar, que seu coração voltará a se alegrar e seus olhos voltarão a sorrir.
Desejo a todos esse espírito de criança que crê no amanhã!