Faz tempo que não posto aqui no blog (estive um pouco ocupada com a vida; essa coisa se ser adulta não é tão fácil quanto eu esperava!) Agora já sou psicóloga (um tempo atrás fiz uma postagem Quase Psicóloga!) e muita coisa mudou (não tanto pelo diploma, é claro!). Enfim, entre tantas coisas que acontecem na vida e minhas leituras, decidi falar a respeito do LUTO.
Não desejo que este seja um post triste nem nada, mas que nos permita abordar um tema que ninguém quer falar e pelo qual todas e todos iremos passar - seja lá qual for a razão. Digo isso, porque passamos por diversos lutos em nossas vidas, não apenas quando alguém que amamos morre (se bem que considero que esse seja o mais doloroso, pelo menos para mim até agora), mas há também as dificuldades do fim de um relacionamento (amoroso, de amizade, tanto faz, qualquer um que se tinha afeto), de mudanças de emprego, escola, cidade, etc., finais de ciclo, como o fim da infância e o fim da adolescência, entre outros.
Não vou trazer teoria aqui, porque não é esse o objetivo. Separei alguns desenhos para ilustrar algumas fases do luto pelas quais passamos, mas nem sempre fica claro que é uma fase, o que pressupõe que será passageira - saber que vai passar não muda o fato de ser um período muito doloroso.
Alguns dos sentimentos que vivenciamos no processo de luto são: raiva, desespero, choro frequente, tristeza, saudade... (variam de intensidade, duração, formas de expressão e, em geral, vem tudo junto e misturado, dificultando bastante as coisas).
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| Saudades... |
Gostaria de destacar que o processo de luto é necessário, natural e difícil. O fato é que sua vida mudou por alguma razão e você precisa reestruturá-la da melhor maneira que for capaz. Importante ter em mente que você terá que vivenciá-lo, não tem como escapar e ninguém poderá fazer isso por você, mas ter apoio, acolhimento e compreensão é necessário e possível. Muitas vezes nossa família desempenha bem esse papel, outras vezes os nossos amigos e amigas o fazem e em todo caso você ainda pode buscar ajuda de profissionais.
Não estou dizendo que as pessoas precisam de psicoterapia para elaborar um luto, mas que em muitos casos esse apoio pode auxiliar em períodos de transição, principalmente quando estamos falando de elaborar o fim da infância e início da adolescência. Novamente, não estou dizendo que todas as crianças para entrarem na adolescência necessitam de um acompanhamento psicológico, mas considerando as reportagens constantes a respeito de suicídio, depressão e diversas coisas envolvendo adolescentes, creio ser importante darmos atenção a essa fase da vida (que de fácil não tem nada -período que eu não desejo reviver).
Para encerrar essa postagem separei dois desenhos repletos de afeto, de uma pessoa muito importante na minha vida, que se não fosse por ela eu jamais estaria onde estou hoje e não teria a capacidade de enfrentar as dificuldades como é preciso e reestruturar a minha vida depois de algumas tempestades e furacões.
Como uma amiga me disse certa vez... Nascemos sozinhos e morreremos sozinhos, mas não acho que precisamos encarar a vida e seus movimentos sozinhos. (busque ajuda!).
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